Atualmente, o adware está a passar por um verdadeiro período de renascimento: é cada vez mais usado em dispositivos móveis, embora cause menos danos que o ransomware, o adware não deve ser subestimado. Estes aplicativos maliciosos recolhem dados pessoais e lêem o histórico do navegador. Dados com os quais os autores de malware ganham dinheiro.

O aumento acentuado também se deve ao fato dos investigadores estarem a criar melhorias técnicas no seu adware. Por exemplo, eles evitam programas antivírus ou restrições do sistema operacional. Outro motivo é que, diferentemente de malware malicioso, como ransomware, não há necessidade de técnicas complexas para desenvolver aplicativos de adware apropriados. O esforço é mínimo, o retorno é máximo.

Em regra, esse tipo de publicidade chega ao sistema involuntariamente através de um aplicativo baixado e exibem constantemente publicidade indesejada. Aplicativos especialmente gratuitos sempre contêm adware – como uma fonte alternativa de renda. “Estamos a ver cada vez mais a distribuição de adware através de lojas de aplicativos de terceiros“, diz Alexander Burris. “Portanto, recomendamos que os aplicativos sejam instalados exclusivamente via Google Play.”

O G DATA é membro da “Coalition contra Stalkerware” desde o outono de 2019. A Coalition foi concebida como uma iniciativa não comercial para reunir grupos de interesse de organizações sem fins lucrativos, indústria e outras áreas. O Stalkerware é um software espião que também é usado por indivíduos particulares para vigiar vítimas e rastreá-las a cada passo. Ao instalar esses aplicativos, os autores obtêm acesso a notícias, fotos, aplicativos de mídia social, geolocalização, gravações de áudio ou câmera das suas vítimas – às vezes até em tempo real. Os aplicativos são executados ocultos em segundo plano sem o conhecimento ou consentimento da vítima.

“A instalação de stalkerware no telemóvel de um parceiro viola os direitos humanos básicos das vítimas. Estamos determinados a combater essa ameaça e proteger as vítimas, principalmente mulheres, de comportamentos abusivos”, diz Alexander Burris. “Como empresa de defesa cibernética, consideramos nosso dever tomar ações decisivas contra as ferramentas de vigilância e alertar automaticamente os usuários de espiões invisíveis”.